Tenho inúmeros filmes, livros, fotos ou algumas coisas mesmo que simples, mas que marcam significadamente minha “existência”.
Na verdade, todos nós temos.
Seja uma carta antiga de alguma “namoradinha” no tempo de escola;
Seja “questionário” – quem respondeu sabe – de alguma colega de aula;
Seja uma simples fotos naquela tarde de sol;
Este final de semana assisti um filme, que há muito tempo não lembrava, não do filme, mas sim da essência que ele traz e o que transmite em sua pequena e simples trama;
Pleaseantville – A Vida em Preto & Branco – este é o nome do filme, que me fez repensar a simplicidade da vida e o amor naquilo que gostamos de fazer.
Dirigido e escrito por: Gary Ross de 1998
Em meados dos anos 50, uma década nostálgica. Aonde a rotina fizera parte do dia dia de quem estava lá; o imaginário, sensibilidade ou apenas a ideologia desta época expressamente cultural. Tendências e acontecimentos econômicos ou políticos que acabam criando uma nova “forma de vida” .
No filme; um casal de irmãos são “transportados” para os anos 50 , claro, todo o filme em preto e branco. Lá em Pleaseantiville, ninguém tem problemas financeiros, todos são sorridentes dia e noite, emprego fixo, casas, não há conflitos, brigas, fofocas, seria sim uma cidade dos sonhos; mas a medida em que o tempo passa, descobrimos o contrário. Esta alegria em “excesso” é apenas para mostrar que dentro de seus corações, não existe o principal: amor e sinceridade.
A medida em que as pessoas encontram a felicidade, suas vidas acabam sendo “pintadas”.
Suas alegrias tomando cores, seus dias não são mais preto e branco, mas sim tem a cor que a vida trás.
A “juventude” de um dia escuro, remete-nos a uma noite com a claridade da lua.
Às cores de nossas vidas, estão sendo representadas em cada instante no passo em que damos. Nossa vida deixamos de lado, as cores que aparecem com freqüência, esquecemos delas, como apenas uma tinta “pincelada” sobre a tela de uma artista. Como o “rodopiar” de uma bailarina em pleno palco. A vida perde suas cores quando deixamos apenas o preto e branco aparecer, somos “atacados” pela forma em que encaramos Ela. Nos submete à rotinas, que sinceramente não sou muito otimista.
Ma essas cores, precisamos buscar em cada dia. Quando acordamos, quando pensamos ...
A cor e a vida, estão em todos o lugares, precisamos apenas pintar e repintar a medida em que elas ficaram desbotadas.
