sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cotas para quem?

Semana passada, os ministros do Supremo Tribunal Federal, decidiram por unanimidade que as cotas étnico-raciais são válidas no Brasil.
Entendo suas justificativas, mas ao mesmo tempo, acabamos por impor a imparcialidade entre nós “seres humanos”.
Sei bem que em números, na UFRGS, as cotas efetivamente produzem inclusão. Mas uma pequena frase me intrigou esta semana: “ Na UFRGS, a reserva de vagas tem conseguido, aos, poucos dar mais cores aos corredores e salas de aula” – “Hoje vemos muitos mais alunos negros na UFRGS”, relata Valquíria Bassani, pró-reitora de graduação e presidente da comissão de acompanhamento dos alunos de ações afirmativas da UFRGS.
Paramos e pensamos; negros são menos competentes que brancos? Amarelos são menos profissionais que azuis?
Seria correto separar quem tem pele negra para altos cargos em nossa sociedade?
Seria correto separa quem tem pela branca para altos cargos em nossa sociedade?
O que seria correto é termos competência para nossos cargos e não ficarmos discutindo quem , ou como seria representante da nossa sociedade.
O preconceito entre cores e sexo é algo que já está virando moda. Todos sabem, todos gostam, todos comentam, mas ninguém faz sua parte; cotas no meu entendimento, é uma discriminação aos próprios negros.
Não vejo nenhum negro menos competente que um branco, ou vice-versa! Cotas deveriam ser por status financeiro.
Não ter condições para pagar uma faculdade, seria esse o problema para o nosso STF discutir, aí sim teriam com o que preocupar-se, colocar em pauta o que teria importância. E não importar-se com a competência intelectual de nós brasileiros.
Precisamos parar com preconceito barato, pensar que somos menos competentes que o colega do lado. O ser humano pensa muito no coletivo, mas o individual fala mais forte.
Já disse Voltaire : “O preconceito da raça é injusto e causa grande sofrimento às pessoas”
Por isso, jamais podemos menosprezar o nosso potencial. Somos tão grandes quanto o nosso mundo.
Somos tão grande quanto nosso pensamento.
E assim, podemos tornarmos tão competentes quanto quem duvida.
Essa insistência da vida, nos deixa cada vez mais inteligentes.
André Fraga
 
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